O Filho de Saul (2015)
País: Hungary, 107 minutos
Titulo Original: Saul Fia
Diretor(s): László Nemes
Gênero(s): Drama, Guerra
Legendas: Português,Inglês, Espanhol
Tipo de Mídia: Cópia Digital
Tela: 16:9 Widescreen
Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080










DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA
PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
László Nemes
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
László Nemes, Gábor Sipos
Festival de Cannes
Grand Prix
László Nemes
Prêmio Independent Spirit
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
László Nemes
Critics' Choice Award
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Satellite Award
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Prêmio David di Donatello
Prêmio de Melhor Filme Europeu
László Nemes
New York Film Critics Circle Award
Prêmio de Melhor Primeiro Filme
László Nemes
ASC Award
Troféu Holofote
Mátyás Erdély
Prêmio da Academia Polonesa
Prêmio de Melhor Filme Europeu
László Nemes
Sinopse: O Filho de Saul é um filme emocionalmente exigente e angustiante. A intenção do diretor foi criar uma obra claustrofóbica, levando-nos tão perto quanto possível da “fábrica de morte” nazista, ao modus operandi da execução do assassinato em massa. Ao mostrar o horror “nu e cru”, queria que absorvêssemos o cenário do inferno da hora mais negra da humanidade, num grau de realismo que poucos filmes de ficção tiveram a coragem de tentar.
Não há como escrever a respeito do filme sem dar aos leitores a impressão de ser um daqueles filmes que devia ser assistido, mas do qual tentamos nos esquivar por saber que iria mexer com emoções profundas. O filme chega para perturbar. Gostando ou não, é visceral. Tira o público de sua zona de conforto...
O filme se caracteriza por longos silêncios e imagens desfocadas. A fotografia, assinada por Mátyás Erdély, é um dos elementos que faz do filme uma obra única. Em nenhum momento a carnificina é trazida em primeiro plano – há imagens fugidias de corpos em foco nítido, mas são fragmentadas – mas isso não minimiza o horror: o rosto de Saul espelha tudo o que está desfocado. Numa entrevista, o diretor Nemes explicou por que adotou esse tipo de filmagem: “Acredito que o poder da imaginação é moralmente muito importante, porque não podemos, não há formas de recriar o horror, podemos apenas sugeri-lo” A história de Saul Auslander, um Sonderkommando, é fictícia, mas o contexto histórico do filme é preciso. Para escrever o roteiro, Nemes e Carla Royer, co-roteirista, fizeram extensa pesquisa histórica.
No filme, temos aa história de Saul, judeu húngaro, que se tornou prisioneiro/trabalhador forçado nos campos de concentração da época do holocausto. Ele tem a ingrata tarefa de limpar os ambientes onde os judeus são mortos nos famosos “banhos”. Saul cuida também da remoção dos pertences e dos próprios corpos em si. Ele se depara com o corpo de um menino e decide tentar dar para ele um enterro digno, segundo as tradições judaicas.
O filme de Nemes atinge o objetivo através de três recursos aparentemente simples. Primeiro, um padrão de som hiper-realista no qual cada movimento, cada toque, cada grito, cada disparo, cada respiração, se pareça com uma facada no estômago de quem assiste ao filme. Em segundo lugar, uma câmera agilíssima, quase sempre por trás do protagonista, um judeu que trabalha em um dos fornos crematórios de Auschwitz, que se movimenta no ritmo de numerosos planos de sequência.
E, em terceiro lugar, uma limitadíssima profundidade de campo, com menos de um metro em muitos momentos. Só importa o que está bem debaixo do nariz do personagem. Um procedimento que, ao mesmo tempo, funciona como recurso formal ético e metáfora de fundo. Porque a ambiguidade da atitude de Saul, pondo em perigo os vivos para honrar um morto, é o outro grande tema do filme. László Nemes quer falar da impossibilidade de se ter uma visão global do campo de extermínio nessas condições, e isso é transmitido.
Elenco: